28 de jun. de 2009

LISTA SECRETA DO SENADO NA DÉCADA DE 80

CLIQUE NA IMAGEM PARA AMPLIAR E LER A MATÉRIA. MESMO SENDO UMA DESGRAÇA, A MATÉRIA É DA REVISTA VEJA.

26 de jun. de 2009

RÁPIDAS...

Em cada pedaço desse país surge uma maracutaia nova:

>> EM Brasília está sendo reformada a garagem do Palácio onde o Presidente da República atende, o Palácio do Planalto. Sendo assim, parte da estrutura da Presidência foi transferida para o Centro Cultural Banco do Brasil. Até aí tudo bem, reformar para o aniversário de 50 anos da cidade, mas precisava ser uma obra de mais de R$ 78 milhões?

>> O TSE cassou o mandato do Governador de Tocantins, Marcelo Miranda (PMDB) e seu vice Paulo Sidnei Antunes (PPS), por corrupção eleitoral. A informação mais clara que se pode ter a respeito disso é que o Governador que estava buscando reeleição doou em período eleitoral mais de 80 mil óculos e 14 mil cheques-moradia. Se as casas foram construídas ou não, se os óculos serviram prá votar nele ou não, isso eu não sei, mas que o nome dessa linda ação se chama corrupção eleitoral eu não tenho a menor dúvida.

>> Independente de José Sarney ser o desgraça ou não do Senado; de Sarney ter ou não neto agiotando à espreita por ali; de ter sobrinhos, afilhados e mais netos terem empregos suspeitos em cargos públicos; independente dos salários que pagamos a essas sanguessugas... o DEM (Partido dos DEMOcratas) disse apoiar incondicionalmente José Sarney. Segue a lista dos SEMos que seguem Sarney: Adelmir Santana (DF), Antonio Carlos Jr. (BA), Demóstenes Torres (GO), Afraim Morais (PB), Eliseu Resende (MG), Gilberto Goellner (MT), Heráclito Fortes (PI), Jayme Campos (MT), José Agripino (RN), Kátia Abreu (TO), Marco Maciel (PE), Maria do Carmo Alves (SE), Raimundo Colombo (SC) e Rosalba Ciarlini (RN).

25 de jun. de 2009

TUDO QUE VOCÊ SEMPRE QUIS SABER SOBRE SARNEY MAS TINHA MEDO DE PERGUNTAR

Tudo o que você sempre quis saber sobre Sarney mas tinha medo de perguntar

(Everything You Always Wanted to Know About Sarney But Were Afraid to Ask)

Não dá prá escrever tudo sobre a vida de um sujeito como o Sarney; não dá prá desvendar os meios pelos quais ele adquiriu tanto poder a partir de um Estado como o Maranhão; não dá nem prá supor como ele consegue ser membro da Academia Brasileira de Letras se seus livros não são vendidos, não são lidos, não estão presentes nas livrarias, não são exigidos em vestibulares, não são comentados e nem os mais tarados em literatura sabem que livros o Sarney escreveu; Sarney vira vice-presidente da República em 1985 indicado pelo Frente Liberal para compor chapa com Tancredo Neves na Aliança Democrática, o que, no mínimo, foi um processo conturbado e cheio de arestas; foi presidente do Senado de 1995 a 1997 e de 2003 a 2005 e hoje é novamente presidente daquela casa, vaga que conseguiu através de esquemas do jogo político, nada claro, cujas cartas foram dadas por seu colega de partido, o senador Renan Calheiros (sujeitinho das Alagoas que ocupa destaque no ranking das maracutaias políticas oriundas de Brasília); Sarney também foi governador do Maranhão de 1966 a 71 e senador por esse mesmo Estado de 1971 a 1985, ou seja, o cara era político em cargos de destaque em plena Ditadura Militar... aí têm coisas e essas coisas dão mostra de seu caráter político, agora mais do que nunca, diante dos escândalo que envolvem o Senado e o famoso esquema dos ATOS SECRETOS (ver também Agaciel Maia).

Não dá prá falar em José Sarney sem falar em sua filha Roseana Sarney, hoje governadora do Estado do Maranhão e, diga-se de passagem, a perdedora das eleições em 2006. Como isso é possível? Segundo consta, a chapa de Reseana entrou com uma ação no TSE contra a chapa do vitorioso Jackson Lago (PDT) e este se lascou mediante Eros Grau e companhia. Mas a vida política dessa nobre Sarney não pára por aí, só a citar, ela foi flagrada em 2006 com "dinheiro vivo" em gaveta de seu escritório, onde tudo foi contado e alegado como sendo dinheiro da gaveta e pronto e acabou, mas aí acabou também a sua candidatura à presidência.

Voltando a falar em Sarney, pai, membro da Academia Brasileira de Letras desde 1980, hoje com 22 livros escritos, é o membro mais antigo da Academia, ou seja, que maracutaia ele armou prá ser aceito não se sabe e quem possivelmente sabia já morreu. Dos 22 livros do Sarney, acho que nem ele leu todos.

Foi presidente da República num período tão importante para os nossos sonhos de consolidação da democracia, onde lança o Plano Cruzado em fevereiro de 1986, que não apenas fracassa na nossa já detonada economia, mas também deixa seqüelas onde iniciativas privadas buscam na Justiça até hoje a reparação das perdas monetárias sofridas. O governo Sarney era prá ser o modelo de transição da Ditadura Militar para a Democracia, mas serviu prá consolidar o poder de sua família no Maranhão e como se isso não fosse suficiente, o camarada se transforma em Senador pelo Estado do Amapá, dando provas claras de que corrupção político-eleitoral é coisa que não dá em nada naquelas bandas desse país.

José Ribamar Ferreira de Araújo Costa, que depois vira José Sarney de Araújo Costa, foi um verdadeiro pulador na selva política em tempos de Ditadura Militar. Integrou o UDN no Governo de Jânio Quadros, mas quando João Goulart (o Jango) assume o poder e sofre o golpe o nosso atual ilustre Senador do Amapá passa a presidir a ARENA (partido da Ditadura) e depois o PDS, era o homem de confiança do Castelo Branco, sendo inclusive alertado a não ir ao famoso comício da Central do Brasil, onde explodiu uma bomba. Aplaudiu como um verdadeiro papagaio de pirata a instauração do AI-5, instrumento de maior repressão do governo brasileiro. A idéia dos prefeitos, senadores e governadores biônicos partiu desse nobre senhor que hoje se acha acima da Constituição. Nesse episódio, Fernando Collor sai da praia de Copacabana onde gozava de uma verdadeira vida de playboy entre as ruas Siqueira Campos e Santa Clara para ocupar o cargo prefeito biônico da Cidade de Maceió, indicado por Sarney, valho amigo do pai do Collor, imperador das comunicações em Alagoas, jornalista Arnon de Mello.

Durante o processo de escolha prá vice-presidente de Tancredo Neves, o acordo entre representantes da suposta redemocratização e representantes do poder militar (ditadura) não confiaram em Paulo Maluf prá ser o vice-presidente. Naquele momento a figura mais confiável, ou seja, que seria capaz de vender a própria alma ao diabo em troca de poder era o José Sarney. Assim ele se torna presidente da República com a morte nada chorada do então Tancredo. Mas o que o Tancredo havia feito no Brasil prá ser o baluarte da democracia? Esse é uma outra questão.

Afirma-se na boca grande que Sarney dá as cartas na Eletronorte, BNDES, Ministério das Comunicações, Correios. Afirma-se também que o Senador Sarney é sócio de um banco em Miami e foi sócio do extinto Banco Santos e que tem sociedade de uma indústria de automóveis na Índia e de um shopping na avenida mais movimentada de São Luís do Maranhão.

Não cabe aqui ressaltar cada um dos apadrinhados de Sarney no esquema dos Atos Secretos do Senado Federal, cada um dos seus sobrinhos, netos, primos, familiares, amigos, amigos de amigos. Isso tornaria a matéria redundante e enfadonha, dado que os meios de comunicação que não são controlados pelos Sarney falam diariamente de suas artimanhas.

Restam apenas algumas coisas no universo das possibilidades: que Sarney seja julgado por cada crime cometido; que o povo do Amapá não se curve mais diante desse senhor cuja força não está no seu bigode de Sansão; e que a Justiça não dependa de Eros Grau, Gilmar Mendes e Marco Aurélio Mello (primo do Collor).

De um lado estamos nós cada dia mais revoltados com o Senado e seus trezentos diretores indicados por atos secretos, do outro está o Diabo rezando prá que Sarney não morra... nem ele agüentaria esse homem nos quintos dos infernos.

Diretamente de um poço de ácido

Política Ácida

22 de jun. de 2009

EDUCAÇÃO EM ALAGOAS TÁ UMA MERDA

A partir de hoje o Política Ácida ganha colaboração salgada (meio soda cáustica) de novo colunista. Não existe dia da semana definido prá publicação, vai depender da descrença com as coisas boas e “desinspiração” com a vida.

Educação é sempre prioridade para todos os políticos. E se não fosse? Não vou analisar discurso de político em tempos de campanha eleitoral, visto que, é senso comum, o que todos bradam: no meu governo... a educação vem em primeiro lugar! Como é um tema amplo, vamos discutir, a cada momento, um tópico, começando com a política educacional do Estado de Alagoas. O atual secretário de Educação, Rogério Teófilo, conhecido empreendedor educacional da Terra de Manoel André (Arapiraca, também conhecida mundialmente como Capital do Fumo, na verdade é o que a maioria dos alagoanos estão sujeitos a ganhar dos políticos daquele estado) se destaca também por não gostar muito de tomar decisões políticas, tentando se “ajeitar” com todo mundo sem se comprometer com ninguém, um autêntico tucano, não fosse o secretário, do PPS, de Régis Cavalcante, que nos últimos anos participou de todos os palanques possíveis e imagináveis. Pois bem, diz-se em certos corredores, que a ida de Rogério Teófilo para o governo Téo Vilela (nome carinhoso atribuído ao governador PSDBista das Alagoas) foi tão planejada que ele só teve o direito de nomear para sua pasta um motorista e o chefe de gabinete, permanecendo toda a equipe da secretária anterior, ficando claro o que já era óbvio, a Secretaria de Educação é apenas mais um cargo político do que projeto de Governo. A educação, hoje, tá pagando um alto preço pela “briga” entre Téo e Renan (o Calheiros ex-presidente do Senado e que tem mania achar que é dono do Brasil) na luta principal e na luta de fundo entre Luciano Barbosa (Prefeito PMDBista de Arapiraca) e Rogério Teófilo. Ainda bem que a Educação do Estado conta com um sindicato forte, atuante, independente, autônomo, papai Noel, branca de neve, os sete anões...

Diretamente de alguns dos vários cafés espalhados pela cidade de Maceió. Dessa vez devem ter colocado pimenta ao invés de creme.

Gustavo Alexandre

Pedagogo e coordenador de escola particular, mas se diz educador em escola pública.

20 de jun. de 2009

RENAN. ATÉ ONDE ELE OUSARÁ?


Hoje o Política Ácida completa uma semana de vida e está comemorando essa data com a publicação de um texto do Jornalista Mendonça Neto, gentilmente copiado do Jornal Extra (http://extralagoas.com.br). O fizemos pela grandeza e aspereza do que foi escrito e que deve ser lido pelo mundo.

Depois de tanto chafurdar na lama, escândalo atrás de escândalo, volta à cena o moleque de Murici, agora por ter nomeado o filho viciado em drogas e desequilibrado mental, como funcionário do Senado, sem trabalhar, em uma lista “secreta” de nomeações torpes de senadores mais torpes e canalhas, ainda. O pequeno marginal que gosta de agredir pessoas indefesas, e acaba de sair de um tratamento psiquiátrico numa clínica para drogaditos, estava recebendo o meu dinheiro e do povo brasileiro, como “mesada” sórdida no Congresso Nacional.

Drogar-se é problema dele, mas comprar as droas com salário do Senado Federal, nomeado, pelo pai exemplar, que o castiga pela má conduta dando-lhe um emprego fictício, como fictícia é a decência nesta casa de gente sem o menor sentimento de vergonha: mas comprar drogas, agredir vítimas frágeis, fazer pega de carros, repito, com dinheiro público é crime e deve ser denunciado.

Além de seu filho desordeiro, Renan nomeou uma candidata a vereadora derrotada em Murici. Sem votos suficientes, ela ganhou um salário de R$ 9 mil, sem obrigação de ir a Brasília, para receber em casa, como “cala-boca” local, que o senador é generoso com o dinheiro alheio e gosta de corromper os pobres adversários de Murici. Sem dar um dia de serviço, ela suja-se gorda. Isto é corrupção eleitoral. Renan a “comprou” com dinheiro do Senado para que ela vote nele em 2010.

Enfim, Renan já transitou por todos os crimes, quase, previstos no Código Penal, e, apesar do asco que lhe tem a maioria esmagadora do povo alagoano, transita, serelepe e trêfego, nos corredores do Senado, riso na boca, como se nem a desgraça pública, nem a particular de sua casa, uma mulher desprezada, um filho prefeito processado e outro toxicômano, agredindo quem lhe passe à frente, covardemente, nada disso afetasse o comportamento deste moleque.

O que me leva a pensar que, como Fernando Collor, Renan Calheiros é um psicopata. Só mesmo esta classificação pode justificar a falta de reação moral que tantos crimes descobertos, família destruída, filho marginal, deveria provocar em um homem que tivesse o mínimo de equilíbrio mental. Parece que as reiteradas acusações, comprovadas, de crimes de Renan Calheiros, não lhe fazem mal, antes alegram-no por ser o centro de interesse da mídia, o que é visceralmente doentio.

(...)

Há uma discussão interessante em Alagoas: que é esta: Renan conseguirá comprar todos os votos dos alagoanos para reeleger-se senador, através de prefeitos viciados, cabos eleitorais que vendem a mãe por merreca de dinheiro ou os alagoanos irão cassar seu mandato nas urnas, em nome da honra do nosso Estado? Renan movimenta-se nesse xadrez com a sua velha desenvoltura de gangster e alicia os mais fracos, promete aos mais sedentos de cargos e favores, acumplicia-se com empreiteiras na distribuição de verbas federais. Ele quer provar que, como um traidor, passará por cima da indignação do povo de Alagoas e arrebatará outro mandato. Assim, poderá dizer me Brasília: “Fui reeleito, o povo de Alagoas é tão sórdido e venal como eu sou”.

Sem ele ter autorizado e mesmo sem ele tomar conhecimento da existência desse blog de opinião ácida política,

Mendonça Neto

Jornalista do Extra – ANO XI, N° 73 – MACEIÓ-ALAGOAS – 19 a 25 de junho de 2009.

19 de jun. de 2009

VEREADORES DO MUNDO TODO, UNI-VOS

Ronda um espectro no Senado vindo de todos os 5.665 municípios brasileiros com fortes recomendações de padrinhos políticos e apadrinhamento naquela casa não é coisa que fique esquecida em gavetas, que o diga o presidente José Sarney. Estamos falando do Projeto de Emenda Constitucional que aumenta o número de vereadores em mais 7.343 (de 51.748 para 59.320), a chamada PEC Paralela dos Vereadores, paralela porque ela foi desmembrada do texto original que prevê a redução dos gastos (cá entre nós, um bom termo prá fazer referências a vereadores é gasto mesmo) que poderá variar numa queda entre 1,8 a 3 bilhões de reais.

Vamos por partes. O Senado está em crise e quem está no centro dessa crise é o presidente da Casa, o que implica em dizer que qualquer decisão tomada deva ser cautelosa, o PMDB não quer correr mais risos e o Lula já dá sinais que exagerou em defender um tratamento ameno com relação à crise. Por outro lado, essa mesma crise ganha proporções cada vez maiores, não apenas porque se descobre diariamente um número cada vez maior de familiares de senadores empregados no Senado, mas porque a imprensa resolveu pegar pesado e agora qualquer um pode ser jornalista, logo, se comemora a desvalorização do diploma de jornalismo escrevendo sobre o Sarney, quem não quer tirar uma casaquinha do Senador que é dono do Maranhão, mas é representante do soberano povo do Amapá?

A PEC que aumenta o número de vereadores já foi, inclusive, aprovada pela CCJ do Senado e agora vai prá Câmara Federal, o troço todo vai virar Lei. Mas quanto a isso a nossa indignação de cidadão-eleitor não pode fazer nada, a democracia é representativa e cada povo tem o senador que merece, resta agora respostas às nossas mais singelas e quixotescas dúvidas: que necessidade e sentimento de representação popular foram tomados os nossos suplentes de vereadores? Que vontade de ser vereador é essa num ambiente onde os seus recursos financeiros são reduzidos?

Uma defesa miserável. As regras que determinam atualmente o número de vereadores não são determinadas por projeto de lei, mas por força judicial, ou seja, isso tem que ser regularizada e é da alçada do Parlamento e não do Judiciário.

Agora vamos deixar de lirismo. A quem interessa o aumento do número de vereadores, além deles mesmos? À base que está à espera de projetos e leis que resolvam minimamente seus problemas é que não é. Um trem desse tamanho assegura, principalmente, que deputados federais e senadores possam ter maior representatividade na coleta de votos para 2010, já que vereadores funcionam muito bem como cabos eleitorais eficientes ou não na tarefa de compra de voto e condução dos eleitores até as sessões de votação... é assim que funciona nas cidades de interior. A outra questão clara é a relação de troca de interesses entre executivo municipal e vereadores locais, cuja correlação de força sempre pende favorável aos prefeitos.

Ainda que alguns leitores queiram que apontemos a revolução armada, com execução sumária dos “políticos de Brasília”, só prá dar exemplo, preferimos nesse momento uma saída institucional à questão dos vereadores. Se têm que ser alteradas as regras que regulam o número de vereadores, via proporcionalidade de eleitores, que essa seja feita no bojo das discussões da Reforma Política que tanto esperamos, assim o princípio levaria à discussão o voto distrital que garante efetiva representação das bases (em tese) e, por sua vez, possibilita a fiscalização por parte da sociedade, ou seja, um vereador concorre a uma vaga no distrito que ele reside, logo, fica mais fácil a cobrança e acompanhamento dos seus trabalhos parlamentares por parte de seus vizinhos. O mesmo também é valido prá deputados.

Diretamente da fogueira de São João

Política Ácida

17 de jun. de 2009

RÁPIDAS - PAI DO CHAVES

“Alagoas é um verdadeiro poço sem fundo ou uma terra de ninguém”. Quanto à primeira afirmação nós que fazemos o P.A. concordamos, nesse Estado que ainda não se tornou, de fato, independente de Pernambuco, se desvia mais de 300 milhões só da Assembléia Legislativa (Operação Taturana, que o diga a Polícia Federal), Prefeitos desviam verba da Merenda Escolar (Operação Guabirus, vide Polícia Federal), desembargadores colocam no bolso mais de 100 milhões de reais (ainda não tem nome, mas o crédito é do CNJ)... um lugar assim só pode ser um poço e sem fundo. Quanto à segunda afirmação somos contra, o Estado de Alagoas pertence a umas poucas famílias donas das terras plantadas de cana-de-açúcar ou são dos políticos, ou dos dois ao mesmo tempo. E de político não se pode esperar muita coisa ou se espera tudo. Essa semana um tal deputado estadual que responde pela belezura de tEmóteo Correia (DEMo) soltou essa: “...os deputados não podem votar pela cabeça da opinião pública”. O cara mais parece o pai do Chaves.

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HELOUQUISA HELENA PERDEU AS ESTRIBEIRAS. Diretamente da Câmara de Vereadores de Maceió, a ex-senadora e agora vereadora soltou os cachorros na também vereadora Tereza Nelman (PSB), chamando-a de “porca e ladra de prótese de criancinhas”. Não sei se quero explicar, mas... Rolou naquela Casa uma votação sobre prorrogação de mandatos de conselheiros tutelares de algumas regiões de Maceió, pois algumas eleições estão sub judice; HH votou a favor do projeto e Tereza Pink Nelman era contra. Tereza Pink Nelman disse que HH fazia “pirataria legislativa”, acusando a moça de copiar projetos antigos. A coisa toda deu num bate-boca... Das duas, três: HH deve saber dos podres da Tereza Pink Nelman sobre a Pestalozzi, Tereza Pink Nelman deve saber dos podres da HH ou as duas estão de mal-humor.

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SENADOR SARNEY, que foi aquilo que Vossa Excelência foi fazer na Tribuna do Senado? Aquilo ali deixa qualquer ator de novela mexicana com inveja, aquela gagueira descontrolada, logo um homem que tem mais de 55 anos, só de vida pública, que foi tão bem tratado pela Ditadura Militar, que tem tantos familiares em Brasília, no Senado, nos gabinetes de outros senadores. Senador Sarney, vá descansar na sua terra natal, o Amapá... opa! Que história é essa de Amapá?

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QUE JUVENTUDE É ESSA? Querermos aqui fazer uso desse espaço prá expressar nosso espanto existencial, quase político, um verdadeiro hecatombe está para acontecer no Universo. O DEM (Partido Democrata) tem uma juventude, isso mesmo, uma Juventude do DEM. O que será que esses jovens reivindicam nos congressos estudantis? Abaixo os emos dos shoppings!!! Fora Estudantes de bermuda, queremos gravata prá todos já!!!


Diretamente do Laboratório de Bizarrices

Política Ácida

15 de jun. de 2009

AS TRAMÓIAS FAMILIARES DE SARNEY


“Brasília é uma ilha, eu falo porque eu sei”. Se Brasília é uma ilha, o Senado Federal é um banker dentro dessa ilha, ninguém sabe o que acontece por lá e o troço ainda é blindado e sobrevive a bomba atômica, ao Renan e ao Sarney. Não queria falar da vida pessoal de ninguém aqui, muito menos da família dos outros, mas o Sarney não me deixa outra opção, não apenas a mim, mas ao Brasil todo. O sujeito se empenhou pela melhor cadeira daquele Senado, acabando com os sonhos de segundo mandato do Garibaldi Alves (PMDB-RN) – todo mundo sonha com o segundo mandato. Graças aos esquemas do Renan (PMDB-AL), o Congresso Nacional foi domado pelo PMDB. Isso em política não é muito difícil de entender, o PMDB é o maior partido do Brasil, detém o maior número de cadeiras nas duas casas, aí não precisaria muito esforço prá estabelecer acordos partidários onde quem sai na frente é sempre o partido que tem maior força na correlação. Enfim, o Sarney e o Temer (que se dependesse de empatia não seria nem síndico de condomínio) são os donos das cadeiras mais confortáveis do Parlamento brasileiro.

Pois bem, ou pior, pois mal. O Senador pelo Amapá, José Sarney... uma breve pausa: ele senador pelo Amapá, difícil de entender. O homem é ex-presidente da República, imortal da Academia Brasileira de Letras, cacique dos meios de comunicação no Maranhão, mas é senador pelo Amapá. Mas não era disso que eu queria falar.

Retomando, o Senador José Sarney é arquiteto de um esquema de ações silenciosas e secretas dentro do Senado Federal, só prá se ter idéia, dentre elas está um esquema de favores e nepotismo que foi descoberto recentemente e envolve um tal de Fernando Michels que é neto do Sarney e ocupava um cargo com salário de 7,2 mil por mês no gabinete de Epitácio Cafeteira (esse sim é do Maranhão-PTB), mas o STF descobriu a tramóia e o netinho saiu de fininho num ato secreto do Senado que ao mesmo tempo nomeou a mãe do neto prá ocupar a vaguinha. Explico, tento explicar, a mulher que teve um caso com o filho do Sarney e colocou no mundo esse tal de Fenando Michels Gonçalves Sarney é quem está agora recebendo a graninha do Senado. Mas família Sarney gosta mesmo do Senado, depois do netinho foi descoberta a sobrinha do homem do Maranhão, digo, do Amapá (nem combina). Pois mal, uma tal de Vera Portela Macieira Borges foi nomeada secretamente e está lotada na Presidência do Senado, sendo cedida depois ao gabinete estadual do Senador Delcídio Amaral (PT-MS). Não sei se ela está realmente trabalhando, mas recebe R$ 4,6 mil por mês, uma ninharia e a gente fica aqui dando bola prá isso.

Para além dos problemas de emprego dos familiares do Senador Sarney (do Amapá), o que devemos atentar é a total falta de cumprimento de uma ética mínima instituída no Senado pelos próprios senadores, que consta como lei e que deve ser cumprida a rigor, do contrário vamos esculhambar logo o coreto e dizer que pode empregar gatos e cachorros, canil é que não vai faltar prá ceder laranjas. Ora, que o Sarney foi uma desgraça como primeiro presidente pós-redemocratização, isso todo mundo sabe, que ele e sua filha brincam de jogo de tabuleiro no Norte do país isso também não é novidade, mas tem coisas que têm que ter um basta. Não espero prá minha geração um Senado Federal ético e representante dos interesses populares, mas meu pessimismo não espera que esse deva ser o comportamento do primeiro homem daquela casa, não deve, a bem da verdade e Lei, ser o comportamento de nenhum deles. Mas essa questão é só a ponta do iceberg, a listinha de “servidores” familiares de políticos e entre outros que ocupam cargos no Senado chega a 87, mas a Câmara não fica por baixo, foi divulgada uma lista de 102 exonerados por nepotismo.

Ahh, Senador, sem pieguismos, mas cometer crime dentro do Parlamento com suas artimanhas, depois posar de bom moço é querer demais do nosso fingimento.

Direto do laboratório

Política Ácida

14 de jun. de 2009

HAY "TREELEICIÓN", SOY CONTRA


Vamos por partes. A democracia no Brasil ainda não completou três décadas e as regras eleitorais mudam sempre que há eleições. Isso aconteceu quando da Eleição de FHC, que nos presenteou com a ácida reeleição e seu malfadado segundo mandato, não que FHC tenha sido naquele momento histórico brasileiro um mal isolado, mas ele assegurou que uma horda de prefeitos fosse reconduzida aos gabinetes executivos, bem como uma parcela importante da matilha de governadores.


Mas a debilidade democrática não está representada apenas pela alteração das regras eleitorais, o buraco é mais embaixo. Não temos partidos fortes, ou seja, que represente eleitores desses mesmos partidos e o que é pior, o voto no Brasil possui uma característica muito personalista, não pertence ao partido, mas à figura do candidato, fazendo com que eles (os candidatos) se sintam donos de seus mandatos. Outra questão na nossa jovem democracia diz respeito ao princípio de ausência da participação popular nas decisões - estamos o tempo todo excluídos das decisões políticas, nossos parlamentares não nos prestam conta das suas ações, seguir os passos dessas criaturas é uma atividade que relegamos a quem tem aparato suficiente para tal e, nesse caso, só quem dispõe desse aparato é a Polícia Federal. Do contrário só tomamos conhecimento pela imprensa e esta, além de está comprometida com a classe política ou se confunde com tal (em sua grande maioria), seleciona as informações sobre corrupção e quebra de decoro - por motivos simples: essas são matérias que vendem mais e são temas recorrentes no universo político brasileiro. Em outros termos, Jügen Habermas (Teoria da Ação Comunicativa) chamou à responsabilidade jornalistas e intelectuais de plantão para que estes, não apenas denunciassem os erros gerenciais do Estado Democrático de Direito (o somatório dessas palavras dá nó nas tripas), mas que fossem responsáveis pela formação de uma consciência política progressista, garantindo um incremento e aumentando a participação popular na sociedade civil.

Essas questões teóricas sobre política faz passar um filme em nossas cabeças e nos reconduz automaticamente ao que mais se discute nesse país: reeleição. Quer dizer, aí não é mais reeleição, seria uma “treeleição” – neologismo não é desse blog. O fenômeno seria assombroso para a democracia, pois estaria alterando mais uma vez as regras eleitorais, mas seria interessante não apenas para o ego das bases universitárias do Partido dos Trabalhadores, seria de fundamental importância para partidos políticos como o PP (Partido Progressista - mas que situa-se na extrema direita) que é possuidor¹ do Ministério das Cidades e faz deste um instrumento de promoção de políticas de trocas de favores. Mas isso também não é lá grande novidade que mereça maiores destaques e não era disso que eu queria falar.

O cerne de nossa discussão diz respeito ao fato de uma nova reeleição para cargos executivos no Brasil, um projeto dessa monta iria proporcionar uma comodidade a governadores de Estados e aos prefeitos que tanto confundem gabinete executivo com cozinha da própria casa, aumentando em muito o nosso índice desconhecido de corrupção e tráfico de poder político. A "treeleição" não interessa apenas aos quadros do PT ou à figura particular do Lula, mas interessa a cada um dos que estão calados, na surdina e aguardando a cada matéria jornalística, que atribui o interesse desse novo golpe à democracia ao presidente. Não sou lulista e não é papel desse blog defender Lulas ou FHCs, mas cabe um olhar mais amplo do que realmente representa esse projetinho que ainda não foi arquivado e que pode, como soda cáustica, destruir ou adiar nossos mais ingênuos sonhos de maturidade democrática em troca de um belo plano causa-efeito de corrupção, como se o que já temos não bastasse.

Hay "treeleición", soy contra!


Da Redação
Política Ácida

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¹ Termo comumente usado no Brasil quando partidos que formam a base do Governo ou se estebelecem em coalizão partidária estão à frente de determinados órgãos.

NOTA DE ABERTURA

Imagine um país com uma Constituição devidamente instituída e que recebe, quase que diariamente, emendas e pesadas críticas por parte da malfadada cúpula de intelectuais e imprensa de plantão. Imagine que esse mesmo país tem uma das maiores cargas de tributos do mundo exigida a seus cidadãos e que, como retorno, lhe oferece um péssimo serviço de assistência social básica e um execelente modelo ineficiência burocrática. Imagine que o escopo desse mesmo país conta com um quadro de mais de cinco mil muncípios e com todo o aparato institucional sendo devidamente mantido pelos contribuintes, além de um conjunto incontável de órgãos públicos e uma balbúrdia incompreensível de sistema gerencial. Agora, prá acabar de lascar o cano, adicione à esse receita mágica de Estado-Nação o ingrediente fundamental - Corrupção com C maiúsculo, dessas de fazer inveja a qualquer máfia siciliana.

Esse balaio que descrevemos acima será nosso objeto de conversas, debates, análises e decepções diárias, assegurando o princípio democrático de aceitar qualquer comentário, incluisive e principalemente aqueles que não concordamos.

Com esperanças de que políticos corruptos morram com o veneno da própria bílis,

Da Redação
Política Ácida