10 de ago. de 2009

CRISE NO SENADO

Onde reside o problema da crise política vivida no hoje no Senado Federal? O que ha de novo nessa fase política do Seando? A bem da verdade, a crise do Senado é um processo de longa data, as estruturas dessa crise foram lançadas quando os partidos políticos não entenderam o seu papel e deixaram que se reproduzisse no ali o que acontece ainda hoje nas prefeiturinhas dos interiores do país. A concentração de poder nas mãos de senadores, que sendo coronéis de merda ou não, implica no distanciamento com o princípio de representação popular e na falência do modelo de gestão da própria Casa.

No cenário dos problemas estão a postos políticos como Renan, Sarney e Cia. fortemente armados a serviço da corrupção (agiotagem, nepotismo, troca de favores, enriquecimento ilícito, quebra de decoro parlamentar etc. e tal) e do outro lado o grande número de escândalos. Não estou falando aqui da briguinha de comadre de Renan Calheiros (PMDB-AL) e Tasso Jereissati (PSDB-CE), estou aqui me referindo ao fato de que as acusações que pesam sobre o Sen. Sarney são fatos que precisariam ser apuradas pelo Conselho de Ética do Senado e que essas acusações somam aos montes dia após dias. À medida que o tempo vai passando aparecem novos escândalos e isso desvia sempre a atenção do escândalo anterior, ou seja, a população não tem como atualizar-se mais a respeito dos crimes cometidos pelos senadores.

A quantidade de crimes é tão grande que a rede de relações entre eles vai se tornando cada vez mais complexa, é como se isso fosse saturando não apenas aos formadores de opinião, mas ainda, à população. Quantas pessoas sabem de quais crimes está sendo acusado o Sen. Sarney? Quem tem noção dos motivos da querela pessoal de Renan Calheiros contra Tasso Jereissati? A quantas anda o processo contra Agaciel Maia? Por que Sarney nem ao menos se licencia para poder dar possibilidade de lisura nas investigações sobre os chamados atos secretos? Por que o PT insiste em defender a figura do Sarney e não a coalizão com o PMDB?

No meio de todo esse lamaçal de escândalos não há quem consiga se lembrar de como isso tudo começou e as vozes dos Senadores Cristóvão Buarque (PDT-DF), Pedro Simon (PMDB-RS), Arthur Virgílio (PSDB-AM) e José Agripino (DEMo-RN) já estão ficam chatas e perdendo com sua chatice o poder de convencimento em tirar o Sarney da Presidência do Senado.

Do outro lado o senador sem votos Paulo Duque (PMDB-RJ, segundo suplente) reafirma sua falta de compromisso com a opinião pública e voraz fiel Wellington Salgado (PMDB-MG) ladra sempre que alguém ameaça a imagem desgastada do imortal Sarney.

Uma coisa é certa, como isso tudo vai acabar não existe mais previsão.


Política Ácida

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