19 de jul. de 2009

FORMAÇÃO DE PROFESSORES ( Parte I)

Para falarmos sobre a qualidade do nosso sistema de ensino é preciso, antes de tudo, analisarmos a formação desses profissionais que irão, e não encontro outro termo, para o campo de batalha. Então, para uma melhor compreensão dos fatos, vamos por partes. O primeiro ponto é dividirmos o sistema educacional em duas partes, sendo a primeira, a educação básica e a segunda o ensino superior. Para não fugir do habitual, comecemos pelo primeiro.

A Educação Básica compreende a Educação Infantil, o Ensino Fundamental e o Ensino Médio, podemos encaixar aqui, os cursos técnicos e profissionalizantes. O profissional que mais aparece neste contexto é o Pedagogo, já que, a ele, compete o ensino na educação infantil, no ensino fundamental até o quinto ano, no ensino médio com as disciplinas pedagógicas: Sociologia, Filosofia, Estrutura da Educação etc. bem como, todos os cargos e funções dentro do ambiente escolar: coordenador, supervisor, orientador, gestor, diretor. Percebe-se, claramente, que é um profissional extremamente exigido e fundamental para a formação inicial de todos os alunos. Como é o curso de Pedagogia?

O curso de Pedagogia tem duração de quatro anos, pouco tempo para tantos compromissos. Tradicionalmente, cabia ao egresso do curso, lecionar na educação infantil e nas séries iniciais do ensino fundamental, ao longo do tempo, os pedagogos “conquistaram” um maior campo de trabalho, mas, não aumentaram o tempo de formação. É preciso dar maior atenção a este profissional, já que, é ele que introduz o alunado ao mundo do conhecimento sistematizado. Não estou querendo dizer que, a educação está ruim por culpa da PEDAGOGIA, de forma alguma, em se tratando de educação, é o profissional com mais responsabilidades e vital para um bom funcionamento da educação.

É preciso aumentar o tempo de estudos do Pedagogo, essa é a minha sugestão, ao final do último ano do curso o aluno escolhe um campo específico de atuação e faz mais um ano de “residência”, como fazem os médicos. O Pedagogo é múltiplo, são vários profissionais num só, portanto, quanto mais especialista ele for, melhor. Pode parecer muito positivista, de minha parte, mas é preciso, em primeiro lugar, aprimorar a técnica e depois partir para u ma educação crítica e libertadora, que seja, de fato, justa e igualitária.

P.S.: desculpem o atraso, problemas tecnológicos.

Gustavo Alexandre
gustavo_objetivo@hotmail.com



3 comentários:

  1. Caro Gustavo,

    Não creio que seja necessário "aumentar" o tempo de formação do Pedagogo, não é esta a questão, pois para a especialização desse profissional, como em outras áreas, existem os cursos de pós-graduação, extensão, etc.

    Vale ressaltar que o Pedagogo atua como docente apenas na Educação Infantil e no Ensino Fundamental nos anos iniciais (1º ao 5º ano), no Ensino Médio ele só pode atuar nos lugares onde ainda tem o Curso Normal (Magistério), ou seja, ele só pode lecionar para futuros professores as disciplinas que você listou.

    Não adianta nada encher o professor de teoria, principalmente numa área em que o foco do trabalho é um ser humano em desenvolvimento.

    É no dia-a-dia da sala de aula que se encara a realidade de cada aluno, de cada comunidade escolar.

    A questão da residência que você abordou, não seria o caso, pois já existe a obrigatoriedade do Estágio Supervisionado, divido em um total de horas a serem cumpridas em cada modalidade como; Educação Infantil, Ens.Fund.I, EJA e Gestão Escolar.

    O real problema, que ninguém parece querer colocar em discussão, é tal a proposta construtivista que se adotou como um verdadeiro método de ensino em nosso país.

    Creio que seja este o ponto principal, que deveria ser discutido com muita seriedade, sem melindres, pois nessa área existe muito disso, pois ninguém que se diga "moderno" aceita questionar tal proposta, pois isso poderia parecer retrógrado, antigo, tradicionalista demais.

    Um abraço,

    Roberta

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  2. concordo com você que este é um meio cheio de melindres,o que penso é, o Pedagogo, a cada dia que passa, vai perdendo sua identidade pela amplitude da sua atuação. o estágio, pelo menos o que fiz,não é lá muito produtivo, talvez mais um período dentro da escola numa área de atuação específica, qualifique melhor o profissional. aprender no dia-a-dia, pode levar muito tempo, e quem paga o preço é a aprendizagem, eu defendo o fim do improviso, do fazer de qualquer jeito, o risco do que falei é, justamente, se afastar da teoria e se tornar um técnico o mais pragmático possível, claro que, em se tratando de seres humanos, o trabalho é mais complicado pelas próprias diferenças que faz de nós, seres humanos.tradicional, construtivista, interacionista...tá tudo certo, desde que, o aluno aprenda.

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  3. Só pela valorização do profissional de educação, através de uma formção mais completa e duradoura é que a educação pode de fato ter uma amplitude maior em todos os setores da sociedade, afinal todos os profissionais passam pela mão do professor.PROFESSOR X FORMAÇÃO DE QUALIDADE= EDUCAÇÃO DE QUALIDADE é que todos nós profissionais da educação queremos!

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