
Esses senadores só podem está com fuleiragem. O recesso acabou e como era de se esperar as discussões retomam o velho debate em torno da figura bigoduda do José Sarney (PMDB-Amapá), que consegue colocar em disputas e brigas internas o seu próprio partido, de um lado o discurso de Pedro Simon (PMDB-RS) pedindo em nome da ética, instituição tão sem valor naquela casa e do outro lado, quem diria, eles resolveram falar: Renan(PMDB-AL) e Collor(PTB-AL).
As duas figuras emblemáticas das Alagoas em muito são responsáveis pelo que se vive hoje na política desse país. Collor foi banido do Palácio do Planalto e impedido de ser candidato durante um bom e longo tempo, mas retorna à vida política não dizendo porque e, no Senado, ele pouco fala e menos ainda aparece por lá, mas o que ele quer todos nós sabemos. Renan, por sua vez, é o mentor mefistofélico do PMDB em Brasília, arquiteto da eleição de Temer (ave-cruz) na Câmara e de Sarney no Senado, também faz pouco uso da tribuna daquela casa, mas usa com maestria a porta fechada de seu gabinete.
Esperávamos muita coisa prá o retorno dos trabalhos, menos uma defesa pública de Renan e Collor ao Sarney e um contra-ataque ao Senador Pedro Simon. Collor com seu olhar 43 e Renan com o que lhe é peculiar, ameaças em meias palavras na tentativa de levantar dúvidas sobre a vida pública de Pedro Simon.
No calor da discussão, devidamente conduzida pela figura medieval do Senador Mão Santa, o segundo round é travado pela paciência acadêmica de Cristóvão Buarque (PDT-DF) e pela fidelidade canina de Wellington Salgado (PMDB-MG) que se sente ofendido sempre que alguém olha mais atravessado prá o Sarney. Ainda bem que o “senador-ato-secreto” não estava na sessão quando Collor falou e deixou transparecer seu ódio pelos olhos de belzebu.
A sessão toma seu ritmo com o palavrório de demais senadores confessos baixo-clero sem uma posição mais definida acerca dos partidos com relação ao Sarney e ao que parece esse está esperando que o tempo esfrie os ânimos e ele vá se segurando como pode. O que se pode fazer no Senado com relação ao Sarney é esperar o parecer da Comissão de Ética, cujo presidente é o senador sem voto Paulo Duque (PMDB-RJ) e sem querer usar clichês, esse sujeito vai jogar panos quentes nos fatos e atos. Aí nos cabe esperar a revolta do insuportável líder DEMo José Agripino (RN) e do amazonense Arthur Virgílio (PSDB), porque o próprio PT dá provas de não querer sujar as mãos com o lamaçal de corrupção em que está metido o Senado por conta dos Sarney’s.
Mas em minha opinião, a grande novidade da semana é a aparição do Senador DEMo Marco Maciel (PE), usando a tribuna. Não sei o que ele falou, eu não sabia que ele falava, era mesmo só prá todos tomarem conhecimento que ele ainda está vivo.
Com os ácidos renovados,
Política Ácida
Que agosto mais gostoso! Começou bem!
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