31 de ago. de 2009

Censura a jornal brasileiro é destaque no The New York Times

[Texto oroginal de www.zerohora.com.br]


Jornal americano menciona o caso como ameaças à liberdade de imprensa na AL

O jornal americano The New York Times destacou nesta segunda-feira a censura imposta ao jornal Estado de S. Paulo sobre as denúncias de corrupção envolvendo o presidente do Senado, José Sarney, e sua família. Desde o dia 31 de julho, o jornal e o site estadao.com.br estão impedidos de publicar reportagens sobre a Operação Boi Barrica, envolvendo o filho do senador José Sarney.

"Para a família de José Sarney, presidente do Senado brasileiro, a enxurrada diária de reportagens sobre nepotismo e corrupção envolvendo seu nome não dava para aguentar", cita o jornalista do diário americano, descrevendo a tentativa de Fernando Sarney para bloquear as reportagens. O Estado de S. Paulo está recorrendo da decisão judicial de censurar a reportagem, que considera inconstitucional.

O NYT entrevistou o diretor de Conteúdo do Grupo Estado, Ricardo Gandour.

— As gravações mostram um senador com seu filho e parentes próximos negociando empregos e benefícios como se o Senado fosse uma empresa privada, uma propriedade da família — disse Gandour ao jornal.

ZEROHORA.COM

28 de ago. de 2009

AGOSTO NEGRO

A gosto de quem cara pálida? Caros leitores, o final do mês está chegando e com ele só a esperança, porque de “lasqueira” tá tudo encaminhado.

De lá do Senado Federal nada se comemora. Sarney passou incólume pelo Conselho de Ética, mas isso já era de se esperar, o que não se sabia ainda era a Eros Grau (do Supremo Tribunal Federal – STF) iria negar tão rápido o pedido da liminar dos senadores que defendiam que Sarney do Amapá fosse julgado no Plenário da Casa. Não se esperava prá agosto o papelão do PT ao desmoralizar Mercadante e tirar do sério o sereno Flávio Arns (PT-RS); ainda, ronda em Brasília um espectro de lei que ameaça ganhos de aposentados e pensionistas em 30%; e como se não bastasse nada foi votado no Senado em retaliação ao Bigode mais poderoso do Amapá e do Maranhão; Collor fez olhar de Exu Tranca Pauta contra Pedro Simon e agora trabalha como bom moço à frente da Comissão de Serviços de Infra-Estrutura, aquela que mexe com o dinheiro do PAC; não muito longe dali, Lina mentiu e Dilma também mentiu.

De Bariloche para a América do Sul, a Unasul (União das Nações Sul-Americanas) teve discussão, discussão e discussão, mas Álvaro Uribe (Presidente da Colômbia) dá sinais de que vai mesmo abrir mais as pernas prá os Estados Unidos implantar bases militares na Colômbia e, Hugo Ditador Chaves berra, com uma certa razão, que tem “ventos de guerra” no ar. Não adiante falar no Iraque, lá só tem gente morrendo mesmo e isso não é mais novidade nenhuma.

De bom não temos muita coisa prá destacar, mas a Senadora Marina Silva (agora do PV) se coloca como uma opção séria à Presidência da República em 2010, fato que ameaça tanto os votos do Vampirão Serra quanto os da Dilma PAC Rousseff; ainda do Senado, Eduardo Suplicy vira juiz, perde a paciência e a compostura com Heráclito Fortes, saca cartão vermelho prá Sarney e prova que não tem muito juízo, mas para além da seriedade da Tribuna, Suplicy faz o inusitado com seu gesto simbólico que para muitos foi cena prá mídia e para outros pode ser o símbolo que muitos queriam ter criado.

Prá acabar de lascar o agosto, hoje (28) aconteceu uma manifestação em frente à sede da Rede Globo em São Paulo contra o programa No Limite – estão comendo bichos vivos -, eu tenho cá prá mim que isso não aparecerá no Fantástico. E por falar em Globo, esse também foi o mês em que a emissora da filha da Ditadura Militar resolveu atacar a Rede Record, de Edir Money Macedo... não sei se alguém saiu ganhando nessa batalha de passados sujos. Prá finalizar, Xuxa, ex-atriz pornô que foi alçada a Rainha dos Baixinhos pela Rede Globo, resolveu entrar no Twitter (site mundial de microblogs), na condição de celebridade logo teve um turbilhão de seguidores que, até então estavam ajudando a ex-atriz pornô com regras gramaticais e concordâncias, até que Sasha resolve postar “sena” ao invés de “cena”... “burrice hereditária” foi a acusação mais leve. A rainha sem cetro ameaça tirar o Twitter do ar no Brasil até terça-feira.

Outro agosto desse não,

Política Ácida

politicacida@gmail.com

26 de ago. de 2009

ESCOLHA SEU SENADOR


Sergipe tem um senador do PMDB que não sabe o sentido de suas funções e leva vida a sonhar com o dia em que será convidado de honra de Sarney para um chá das cinco no Maranhão, quer dizer, no Amapá. Almeida Lima (PMDB-SE) é um verdadeiro puxa-saco, daqueles de causar vergonha alheia.

Do Maranhão podemos esperar tudo, até mesmo um senador secreto ou fantasma como é o caso do senador pelo PMDB Mauro Fecury. Alguém já ouviu falar nesse senhor?


E o troféu de senador com maior número de processos vai para o senador da Paraíba, Roberto Cavalcanti (PRB-PB), que responde a processos por corrupção ativa, estelionato, formação de quadrilha, uso de documentos falsos e contra a paz pública. O sem-voto acumula sobre suas costas quase cem processos. Isso decepciona quem pensava que Renan ou Sarney eram os campeões dessa categoria.


Minas Gerais também tem seus motivos de acanhamento. Wellington Salgado não perde as inúmeras oportunidades de se calar sempre que alguém se diz a favor do licenciamento do Sarney. É o senador mais sem-noção de puxa-saquismo da Casa, daqueles que berram e dizem: “deixe meu partido em paz”.


Os cariocas devem soltar um caminhão de palavrões sempre que lembram da triste figura de Paulo Duque. Suplente do suplente, o senador sem voto e sem compromisso faz questão de deixar isso bem claro a quem quiser ouvir. Arremessado por isso na cadeira de presidente do Conselho de Ética.


Pernambuco, a capitania que deu mais lucro, apresenta o seu Sr. Burns (Marco Maciel), que de tão discreto e mudo gera suspeitas se ainda pode falar.


Se alguém nesse Senado sofre de auto-estima baixa e faz de tudo prá ser reconhecido até mesmo falar o seu nome 50 vezes num único discurso, esse alguém é Mário Couto (PSDB-Pará). O sujeito sempre que ocupa a tribuna é prá falar de seus desafetos políticos e seu próprio umbigo. Deveria usar o plano de saúde do Senado e fazer terapia e curar dessa egolatria.


Mas o troféu de aberrações vai mesmo prá Alagoas. O pequeno e pobre Estado coloca em quadra um ex-presidente da República que virou expert em aparelho digestivo, mandando quem lhe contraria “deglutir” e “digerir” as próprias palavras; e outro que é expert em falar “merda”.


Política Ácida

politicacida@gmail.com

23 de ago. de 2009

MENTIRAS PÚBLICAS: LINA vs DILMA

[Charge: Publicada no jornal Gazeta do Povo (PR) (19.08.09)]


Prá entender os fatos sobre duas mulheres em crise. Na tarde de 19 de dezembro de 2008 Lina Vieira estava voando para Natal. Dilma estava em reunião do Conselho de Administração da Petrobrás e logo depois viajou para Natal. Esse é o suposto dia que a ex-secretária escolheu prá servir de data inquestionável de sua palavra. Será que elas se encontraram na praia dos Artistas?


A Folha de São Paula publicou entrevista onde, nas palavras de Lina, Dilma havia pedido... “Para encerrar [a fiscalização]. Estava no processo de eleição do Senado, acho que não queriam problema com Sarney”.


Mercadante em tom inquisidor aperta o cerco no depoimento de Lina Vieira à CCJ do Senado (quarta-feira, 18) e afirma que se o encontro aconteceu e a ministra Dilma tentou influenciar os trabalhos e nada foi denunciado por Lina, estaria Lina Vieira cometendo crime de prevaricação e se a ministra não fez isso, então Lina estaria mentindo ou prá CCJ ou prá Folha de São Paulo, já que ex-secretária da Receita estaria afirmando agora que a ministra havia pedido para que “desse celeridade no processo contra o Sarney” e isso não era tentar influenciar. Ou Lina mentiu de um lado ou do outro.


Do ponto de vista da imparcialidade, Lina Vieira é casada com Alexandre Firmino de Melo, ex-ministro da Integração Nacional de FHC, logo, ligado ao PSDB que faz oposição ao Governo Lula juntamente com o DEMo. Melo Filho tem sobre suas costas uma investigação feita pela Procuradoria da República por suposto desvio de verbas da Sudam (Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia), órgão ligado ao Ministério que administrou. Nesse mesmo processo o marido de Lina Vieira é réu junto com Roseana Sarney.


O lado avesso da moeda. Como o processo contra Fernando Sarney na Receita Federal estava lento, a Justiça cobrou “agilidade nas investigações” e a Polícia Federal ameaçou prender a cúpula da Receita e, inclusive, Lina Vieira.


Por trás do suposto encontro, existe sim interesses partidários do PSDB e do DEMo, ainda que estes não tenham instruídos Lina Vieira a falar o que falou prá Folha de São Paulo e ter mudado o discurso na CCJ do Senado. Por trás do suposto encontro em que Lina Vieira diz lembrar o xale da ministra Dilma, existe um processo que afeta um Sarney e o marido de Lina Vieira, no mesmo balaio.


Ainda que Lina Vieira se decepcione com sua imagem apagada e fantasmagórica entrando no gabinete da ministra Dilma e que ninguém possa depor em seu favor, a Física Moderna postula que dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço ou o mesmo corpo não pode estar em dois lugares ao mesmo tempo, tanto para Dilma, quanto para Lina. Do outro lado, o serviço de segurança afirma não ter mais as fitas que registram a presença ou não de Lina Vieira, motivo suficiente prá que José Agripino (DEMo-RN), faça um estardalhaço na mídia.


Na balança das mentiras públicas advindas de Brasília com escala no Rio Grande do Norte, eu acredito que esse maldito encontro aconteceu, mas a senhora Lina Vieira parece pesar mais que a ministra, não pelo seu laquê, muito mais por servir de bucha de canhão da oposição e como argumento do discurso trajado de puritanismo de José Agripino.


Mais ácido ainda com tanta mentira,


Política Ácida

politicacida@gmail.com

22 de ago. de 2009

MÃO SANTA É RIFADO PELO PMDB



Até os mais vermelhos dos comunistas, aqueles que se recusam até mesmo a dobrar esquinas para a direita já estão acostumados à figura sui generis do senador pelo Piiiiauí, Mão Santa. Nesses tempos de crise do Senado, momento em que senadores aproveitam o verbo prá soltar os cachorros no Sarney, a cadeira da Presidência daquela casa tem sido ocupada, na maioria das sessões, pelo seu Terceiro Secretário, Mão Santa (PMDB), que o faz sempre com gestos pouco comuns entre os sisudos senadores e comentários recheados de elogios a quem fala e alusões a vultos intelectuais, de Shakespeare a Rui Barbosa.

Mão Santa, além de médico, foi Governador por oito anos do seu Piiiiiauí, mas está entre os senadores mais conhecidos do Brasil, muito mais pelo seu jeito brejeiro e cinematográfico que pela sua atuação dentro do PMDB.

Mas os dias de crise parecem não ter deixado saldo positivo para o futuro político de Mão Santa. Seu partido, ou melhor, o partido de Renan Calheiros e do Sarney, o PMDB do Piiiiauí, negou-se a lhe dar legenda para se candidatar à reeleição em 2010. Os motivos ainda não estão claros na mesa dos interesses políticos, a menos que a mesma vontade sombria que calou o jornal Estadão também queira calar a voz incessante de Mão Santa.

Boa parte dos que acompanham os fatos políticos no Brasil, sabem que o Senador dado a exageros não é santo como o nome diz, mas rifá-lo é uma burrice partidária ou o PMDB tá usando ele como oferenda prá alguma macumba em defesa milagrosa ao posto de José Sarney... orientado dessa vez por quem entende do negócio, o Senador Exu Tranca Pauta.

Política Ácida
politicacida@gmail.com

SENADO VIRA POÇO DE LAMENTAÇÕES


Depois da leitura da suposta carta do presidente do PT, Ricardo Berzoini, os rumos do Senado e do próprio Partido dos Trabalhadores dão provas de mudanças, não se sabe se para o bem ou para mal. Mas falar da crise do Senado está virando um lugar comum e parece ser isso que José do Amapá Sarney espera, que as notícias cansem os leitores e que Pedro Simon e Cristovam Buarque estourem pelas costas como cigarras, de tanta cantarem a mesma cantiga.

Todos os dias o que se vê é a insistência de um pequeno grupo de Senadores clamando pela ética no Senado. A novidade da semana foi a figura serena do Senador Flávio Arns, representante das comunidades eclesiais de base da Igreja, herdeiro de Dom Evaristo Arns, que, ainda sereno envergonhou-se do PT, assinala sua saída do partido e parece ter o apoio de seus eleitores e de quem o assistiu na TV Senado.

Por sua vez, Mercadante, depois do labafero que foi a reunião do Conselho de Ética e nova reunião com o Lula, resolveu ficar como líder de sua bancada, acima de seus esforços e de seus argumentos. Esse fato foi aplaudido pelos senadores em crise existencial, pelos que querem deixar o partido, pelos que já deixaram e pela própria oposição que vê no senador de São Paulo alguém com capacidade coerente de diplomacia e negociação em tempos de “atos não mais secretos”.

Do ponto de vista do pragmatismo, o Lula e sua carta assinada pelo Berzoini não está errado. Do ponto de vista da estratégia política, Lula dá provas de ser maior que o PT, mas engana-se ao acreditar que a governabilidade só pode ser assegurada pela presença do Sarney ou que o mesmo Sarney é a peça mais importante no jogo das decisões eleitorais de 2010. A coalizão política tem que ser entendida como feita entre partidos e não para defender interesses particulares de membros de partidos, fazer isso só enfraquece ainda mais os partidos políticos brasileiros que carecem de reforma como defesa contra seus caciques e coronéis. Como defesa contra Sarneys, Renans, Tassos e agora, em defesa contra o próprio Lula.

O PT que saiu do Conselho de Ética é um PT que não representa mais o meio ambiente, que se confunde com a figura e história da Senadora Marina Silva; é um PT sem a bandeira das comunidades de base da Igreja, representadas pelo senador Flávio Arns; e é um PT que perde o respeito daqueles que não são militantes, mas acreditam e apostam no governo Lula, mesmo depois de Dirceus e Delúbios, mas que acreditam ter chegado ao limite com Saneys e Collors. O PT de hoje confunde o princípio de “legislativo carimbador” (cuja agenda do Executivo determina a agenda do Legislativo) com “legislativo escravo”, onde as ordens são deliberadas de cima para baixo, no velho e bom centralismo democrático... como se isso fosse possível de ser pensado.

Mas a crise do Senado Federal tá realmente ficando chata, já virou novela mexicana, com muito choro e lamentações, mas com a diferença de que no final o vilão vai matar os mocinhos.

Política Ácida

18 de ago. de 2009

COLLOR E O KOPI LUWAK

Ultimamente quando ligamos a televisão ou lemos o jornal nos deparamos com sucessivos escândalos advindos dos setores públicos. São juízes e desembargadores acima de qualquer suspeita se apropriando do erário, são senadores empregando até os namorados de suas netinhas através de atos secretos, são secretários municipais e médicos acusados de pedofilia e até mesmo pastores e bispos que, em nome de “Deus”, se enriquecem ilicitamente. Talvez estes religiosos tenham esquecido um antigo mandamento: “não roubarás”.

São tantos os escândalos que não vai haver nem tempo para o leitor se indignar, afinal de contas todas estas pessoas citadas fazem parte da “fina flor” da elite dominante deste país. Então, tal qual a flor do lótus que floresce na lama, assim são os integrantes da elite dominante desse país, que em meio a um mar de lama, conseguem apurar um refinado gosto. E foi assim que Fernando Collor de Melo (Senador Exu Tranca Pauta), futuro imortal da Academia Alagoana de Letras que ainda não chegou a publicar o seu primeiro livro, deve ter se inspirado em Sarney que, apesar de ter escrito livros, até hoje não consegui encontrar um leitor sequer de sua “antológica obra”. Disse um amigo certa vez “é mais fácil encontrar geladeira preta do que um leitor de Sarney”

Collor que é conhecido pelos seus eloqüentes discursos, agora se revela um especialista em digestão. Chegamos a esta conclusão após ele ter mandado seu colega parlamentar digerir sabe-se lá o que. Depois disto, indagamos. Será se o nosso requintado Senador é um apreciador do famoso café Kopi Luwak? Bom, ele custa US$ 1.200 o quilo ou aproximadamente 5 salários mínimos. Pois é, caro leitor, pelo que vimos através da imprensa nos últimos dias, subtende-se que essa iguaria é apreciada pela maioria dos nossos ilustres senadores. Afinal de contas, o kopi Luwak é considerado o melhor e mais caro café do mundo, e como tal seria justo que se enquadrasse no refinado paladar de nossos ilustres parlamentares. Mas acreditamos que não apenas parlamentares apreciem tanto esse café, mas também autoridades eclesiais, como determinados bispos evangélicos, juízes e desembargadores da nossa Alagoas, ministros do supremo tribunal Federal, que se arvoram do cargo se auto intitulando legalistas para cometerem as maiores injustiças e outras tantas autoridades que lesam o erário.

Acreditamos que o gosto por esse café, desenvolvidos pela nossa elite advém da sua estranha origem. Origem esta que de certa forma cria uma identificação com nossos representantes. Ah! Só para lembrar, este café também é conhecido como civeta. E, civeta, é uma espécie semelhante ao gambá que come os grãos, mas não os digere, e do seu côcô é feito o Kopi Luwak. Assim concluímos o porquê do gosto pelo kopi luwak. É que a nossa elite gosta de coisas que na sua origem não cheira lá muito bem.


Diretamente de algum café, lembrando do Collor,

Givanildo Ferreira
gilcs@hotmail.com

17 de ago. de 2009

FRASE DA SEMANA

Vamos começar a semana com essa frase budista:

"CONGRESSO NACIONAL: SE GRADEAR VIRA UM ZOOLÓGICO, SE MURAR VIRA PRESÍDIO, SE COBRIR COM UMA LONA VIRA UM CIRCO, SE BOTAR UMA LANTERNA VERMELHA VIRA PUTEIRO E SE DER A DESCAGA NÃO SOBRA NINGUÉM"

José Simão

14 de ago. de 2009

666


Outro dia ouvi um cidadão esbravejar que só agora depois de dez anos é que ficou sabendo que no Senado se praticava “atos secretos”. Aí eu respondi a ele, era por isso que eram secretos.
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É, ultimamente a grande imprensa tem divulgado que foram 663 “atos secretos” agora tornados públicos, aprovados pelo Senado. Bem, se somarmos 663 “atos secretos”, mais José Sarney, mais Renan Calheiros – o homem das articulações – mais Fernando Collor que incentiva a digestão no Senado chegaremos a 666. Ora este número parece ser mais apropriado para servir de referência aos nossos políticos. Pois eles são de causar medo, calafrio e junto com ele vem os maus presságios que são de causar arrepios até nos mais céticos.
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Outro dia vi uma beata, daquelas que não faltam um dia de missa, fazer eloqüentes elogios a um político envolvido com aquele escândalo dos Sanguessuga. Bom, sanguessuga... o que foi isso mesmo? Realmente só com memória de elefante para lembrar o nome de tantos escândalos que vira e mexe tomam conta do noticiário no horário nobre. Em Pilar, uma cidade de Alagoas, a polícia civil prendeu dez pessoas acusadas de desvio de cerca de 2,6 milhões de Reais entre os anos de 2005 e 2007 na Câmara de Vereadores da cidade. Entre os presos estavam quatro vereadores, três ex-vereadores, um secretário municipal e o filho do atual prefeito da cidade. O total desviado daria para fazer pelo menos 180 casas populares, o que mudaria a vida de 180 famílias que vivem em condições de risco social; ou daria também comprar e equipar 15 UTIs móveis que certamente salvariam a vida de muita gente ou, até mesmo, seguindo a lógica de dar o pão a quem tem fome, fornecer o benefício por dois anos e dois meses a 1000 pessoas, já que o município está implantando o “bolsa família municipal”. Ah! Pode parecer brincadeira. Mas não é, Câmara de Vereadores de Pilar que só tem sessão uma vez por semana tinha um gasto de 117 rolos de papel higiênico por dia, então poderíamos mudar o nome de operação “Pesca Bagre” por “Operação Cagão” e por falar em escatologia, Renan poderia dar uma mãozinha.
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E quando os políticos roubam a quem devemos recorrer? Aparentemente à Justiça, afinal de contas, ela é cega devendo o seu julgamento ser imparcial, mas pelo visto ela não é tão cega assim, em Alagoas recentemente o CNJ constatou que juízes e desembargadores alagoanos são proprietários de imóveis de luxo da cidade de Maceió. Pelo visto os representantes do poder judiciário de Alagoas vivem com pompa e circunstância. Ah! É bom não esquecer que Alagoas tem o pior déficit habitacional do país. Também fico “emocionado” quando vejo uma comovente demonstração de “honestidade” praticada por certo ministro do STF, pego com uma passagem de determinado deputado, afirmar que foi enganado, vítima de um estelionatário. Pobre estelionatário. A quem ele deve recorrer? Só se for a Deus, pois a “besta” está à solta, e nós pobres cidadão somos feitos de besta.

Inspirado virado na peste,

Givanildo Ferreira
gilcs@hotmail.com

13 de ago. de 2009

EXU TRANCA PAUTA VAI PRA ACADEMIA DE LETRAS


Como diz o Marcelo Tas, baixou o Exu Tranca Pauta no ex-presidente.

[Vez ou outra este blog publica notícias que andam espalhadas em portais ou em outros blogs do mesmo segmento. Hoje estamos publicando uma notícia interessante do Portal Terra <www.terra.com.br> pelo seu valor de indgnação e pelo registro histórico da imbecilidade humana. Vejam a matéria que está publicada na íntegra e tenha você temabém sua parcela de raiva ácida]


"O senador e ex-presidente da República Fernando Collor de Mello (PTB-AL) vai entrar para o grupo de imortais ao ocupar um a cadeira na Academia Alagoana de Letras. Collor tornou-se candidato único à sucessão da cadeira 20, que era ocupada pelo poeta Ib Gatto, que morreu em 2008. A eleição de Collor deve acontecer no próximo dia 20, segundo informou nesta quinta-feira o jornal Correio Braziliense.

Apesar de Collor ter escrito apenas um livro, que ainda não foi publicado, a justificativa para a escolha do ex-presidente deve ser feita com base em seu talento como orador, pelos seus discursos áridos no Plenário do Senado.

Segundo o jornal, para tornar-se candidato, o ex-presidente apresentou à entidade uma coletânea dos seus discursos e artigos sobre os mais variados temas.

O livro que Collor se prepara para lançar é intitulado A crônica de um golpe. Nele, o ex-presidente vai mostrar sobre sua versão do impeachment. Em Plenário, o senador já anunciou que pretende lançá-lo em breve."


Reafirmamos, esta é uma notícia do portal www.terra.com.br


A SEGUIR, CENAS DO PRÓXIMO CAPÍTULO



O ambiente político não está nada bom na Rede Estadual de Ensino. Essa greve está fazendo muitas vítimas e a tendência é piorar bastante se nada for feito, e fazer o quê? Na minha opinião ou se encerra a greve ou se radicaliza o movimento. Ontem, na volta as aula no CEPA, houve uma manifestação dos alunos em uma das escolas e o alvo era bem claro: os professores. Existe uma enorme carência de professores na rede e os alunos não querem saber se está de licença médica ou em outra função, o que importa é que na sala de aula o professor não está. Ponto para o governo, que está conseguindo dividir a categoria e instaurando o conflito direto nas bases. Infelizmente, o SINTEAL parece está muito preocupado com as próximas eleições do sindicato, voltando sua artilharia para impugnar chapas contrárias da atual direção.

A culpa pela falta de mobilização da greve, também é atribuída aos professores que, segundo o SINTEAL, deflagram a greve, mas ficam em casa e não participam da luta. Coitado de nós, professores. Nós que estamos em sala de aula, nós que tiramos do bolso o investimento para nossa qualificação, nós que nos preocupamos com o ensino e a aprendizagem que estamos sofrendo e apanhando de todos os lados, morrendo com o “fogo muy amigo”.

As reivindicações dos professores são justas e até humildes, a maneira de conseguir é que me parece fora de foco, estamos ficando sem o apoio dos estudantes, da sociedade em geral e até mesmo do sindicato, que não consegue mais unir a categoria. A greve é um dos principais instrumentos de luta dos trabalhadores, banalizar este instrumento é fortalecer os opressores. Escrevo este texto, na pressa da indignação porque, mesmo que seja, por amor a dor e ao sofrimento, ser professor é o que queremos.


Movido por um estranho sentimento,

Gustavo Alexandre
gustavo_objetivo@hotmail.com


10 de ago. de 2009

CRISE NO SENADO

Onde reside o problema da crise política vivida no hoje no Senado Federal? O que ha de novo nessa fase política do Seando? A bem da verdade, a crise do Senado é um processo de longa data, as estruturas dessa crise foram lançadas quando os partidos políticos não entenderam o seu papel e deixaram que se reproduzisse no ali o que acontece ainda hoje nas prefeiturinhas dos interiores do país. A concentração de poder nas mãos de senadores, que sendo coronéis de merda ou não, implica no distanciamento com o princípio de representação popular e na falência do modelo de gestão da própria Casa.

No cenário dos problemas estão a postos políticos como Renan, Sarney e Cia. fortemente armados a serviço da corrupção (agiotagem, nepotismo, troca de favores, enriquecimento ilícito, quebra de decoro parlamentar etc. e tal) e do outro lado o grande número de escândalos. Não estou falando aqui da briguinha de comadre de Renan Calheiros (PMDB-AL) e Tasso Jereissati (PSDB-CE), estou aqui me referindo ao fato de que as acusações que pesam sobre o Sen. Sarney são fatos que precisariam ser apuradas pelo Conselho de Ética do Senado e que essas acusações somam aos montes dia após dias. À medida que o tempo vai passando aparecem novos escândalos e isso desvia sempre a atenção do escândalo anterior, ou seja, a população não tem como atualizar-se mais a respeito dos crimes cometidos pelos senadores.

A quantidade de crimes é tão grande que a rede de relações entre eles vai se tornando cada vez mais complexa, é como se isso fosse saturando não apenas aos formadores de opinião, mas ainda, à população. Quantas pessoas sabem de quais crimes está sendo acusado o Sen. Sarney? Quem tem noção dos motivos da querela pessoal de Renan Calheiros contra Tasso Jereissati? A quantas anda o processo contra Agaciel Maia? Por que Sarney nem ao menos se licencia para poder dar possibilidade de lisura nas investigações sobre os chamados atos secretos? Por que o PT insiste em defender a figura do Sarney e não a coalizão com o PMDB?

No meio de todo esse lamaçal de escândalos não há quem consiga se lembrar de como isso tudo começou e as vozes dos Senadores Cristóvão Buarque (PDT-DF), Pedro Simon (PMDB-RS), Arthur Virgílio (PSDB-AM) e José Agripino (DEMo-RN) já estão ficam chatas e perdendo com sua chatice o poder de convencimento em tirar o Sarney da Presidência do Senado.

Do outro lado o senador sem votos Paulo Duque (PMDB-RJ, segundo suplente) reafirma sua falta de compromisso com a opinião pública e voraz fiel Wellington Salgado (PMDB-MG) ladra sempre que alguém ameaça a imagem desgastada do imortal Sarney.

Uma coisa é certa, como isso tudo vai acabar não existe mais previsão.


Política Ácida